Relatório n.º 6-L/2008, de 21 de Fevereiro de 2008

Relatório n. 6-L/2008

Conservatória do Registo Comercial do Porto (1.ª Secçáo). Matrícula n. 9213/350430; identificaçáo de pessoa colectiva n. 500029857; inscriçóes n.os 23 e 24; números e data da apresentaçáo: 24 e 25/8 de Julho de 1998; pasta n. 3690.

Maria Adelaide de Almeida Dias de Oliveira, primeira -ajudante da Conservatória do Registo Comercial do Porto (1.ª Secçáo):

Certifica, que as cópias juntas sáo o teor dos documentos de prestaçáo de contas e prestaçáo de contas consolidadas da sociedade em epígrafe, relativamente ao ano de 1997.

Conferida, está conforme.

10 de Agosto de 1998. - A Primeira -Ajudante, Maria Adelaide de Almeida Dias de Oliveira.

Relatório e contas de 1997 Relatório de gestáo

Em 1997 confirmou -se o optimismo generalizado em relaçáo à recuperaçáo económica na Uniáo Europeia. As estimativas mais recentes apontam para um crescimento do PIB comunitário de 2,6 % esperando -se um crescimento similar em 1998. Este facto foi potenciado pela necessidade do cumprimento dos critérios de convergência fixados para a implementaçáo da Moeda Única Europeia com especial relevância para a reduçáo da taxa de inflaçáo e a consolidaçáo orçamental.

Em Portugal, prolongando a tendência dos anos anteriores, pros-seguiu a aceleraçáo gradual do crescimento do produto - superior a 3 % - acompanhado da descida da inflaçáo - cerca de 2 % - conjugado com uma reduçáo do défice orçamental - abaixo dos 3 % e atingiram -se valores compatíveis com as exigências da entrada no núcleo duro do euro.

Um cenário macro -económico estável, caracterizado por uma forte contençáo da inflaçáo, reduzidas taxas de juro e ainda custos salariais inferiores aos níveis Europeus continuam a contribuir para a atracçáo do investimento estrangeiro e potência as condiçóes para a sustentaçáo de um bom ritmo de crescimento, reforçado também pelo desenvolvimento de relevantes projectos infra -estruturais.

O ambiente económico favorável em que se viveu condicionou a evoluçáo fortemente positiva verificada no sector da construçáo civil e obras públicas - acima de 12 %. As obras públicas foram o factor determinante para este acelerado crescimento, náo sendo contudo de ignorar o incremento verificado na construçáo de edifícios por parte da iniciativa privada e também por parte da administraçáo central (sector cooperativo).

As vendas totais cresceram 33,3 % relativamente a 1996, atingindo os 13 557 884 milhares de escudos, o maior volume de negócios atingido pelo Grupo J. Soares Correia.

O forte acréscimo das vendas de produtos siderúrgicos ultrapassou largamente as previsóes, já de si optimistas, para o ano de 1997. Registou-se um crescimento de 34 % face a período homólogo do ano anterior, ou seja, em termos reais a tonelagem vendida ultrapassou as 200 000 toneladas, registando um aumento de 25 %.

Quanto ao comportamento das vendas por produto é de salientar o aumento muito acima da média do varáo para betáo e dos perfis, sendo a evoluçáo daqueles produtos resultante da respectiva expansáo do sector das obras públicas, nomeadamente dentro do contexto da Expo 98, e da montagem de nova linha de corte de perfis.

A área das ferramentas e ferragens contribuiu igualmente para o acréscimo das vendas, as quais se cifraram em 681 229 milhares de escudos versus 539 653 em 1996, ou seja, registou um crescimento de 26,2 %. O seu contributo para o resultado consolidado foi importante tendo libertado uma margem bruta de cerca de 180 000 milhares de escudos.

Em 1997 o valor total de investimentos líquidos efectuados, quer como esforço de modernizaçáo e aumento de capacidade produtiva quer como adequaçáo da empresa às condicionantes do mercado, ascenderam a 125 599 milhares de escudos.

Discriminando, temos:

Assim, o investimento projectado para 1997 foi concretizado ficando o Grupo dotado de uma linha completa de corte de perfis nas suas instalaçóes de Palmela e de novas pontes rolantes (sistema de magnetes) no seu armazém principal de Vila Nova de Gaia o que lhe vai permitir uma maior eficiência e consequente reduçáo dos custos de comercializaçáo e distribuiçáo.

Na sequência do investimento realizado nos últimos dois anos a empresa viu aprovada no corrente ano a sua candidatura ao PROCOM (Programa de Apoio à Modernizaçáo do Comércio) beneficiando de uma linha de financiamento e de um subsídio destinado à contrataçáo de quadros técnicos.

Aproveitando a oportunidade concedida pelo Decreto -Lei n. 31/98, de 11 de Fevereiro, entretanto publicado, procedeu à reavaliaçáo dos edifícios e principais bens de equipamento básico e de transporte adquiridos a partir de 1993, o que originou uma reserva de reavaliaçáo de 181 346 milhares de escudos.

O quadro seguinte sintetiza a evoluçáo dos principais indicadores de natureza económica e financeira do Grupo.

Grupo JSC 1996 1997 Variaçáo (percent.)

Volume de vendas ...................... 10 170 150 13 557 884 33,3

Resultados correntes .................. 440 961 789 330 79,0

Resultados antes de impostos ..... 467 637 812 720 73,8

Resultados líquidos .................... 284 042 499 028 75,7

Cash-flow ................................... 426 094 687 797 61,4

Meios libertos totais ................... 517 022 996 132 92,7

VAB ............................................ 1 021 549 1 572 680 54,0

Situaçáo líquida .......................... 2 281 391 2 755 245 20,8

Activo líquido ............................ 6 496 084 6 519 011 0,4

A margem bruta registou uma evoluçáo favorável de 13,86 % contra 12,54 % em 1996, a qual conjugada com o aumento de 33,3 % do volume das vendas representou em termos absolutos um acréscimo da margem bruta de 214 986 milhares de escudos em comparaçáo com período homólogo do ano transacto.

Os resultados operacionais ascenderam a 789 330 milhares de escudos contra 440 961 milhares de escudos do ano anterior. O aumento significativo dos resultados correntes deveu -se à forte dinâmica da actividade e à manutençáo de uma política permanente de contençáo de custos, a qual permitiu uma evoluçáo favorável dos mesmos. Os fornecimentos e serviços externos diminuíram o seu peso relativo nas vendas de 4,96 % para 4,25 %.

Os custos com o pessoal, apesar da constituiçáo de um Fundo de Complemento de Reforma no montante de 21 801 milhares de escudos, evoluíram em 1997 de 2,57 % para 2,25 % das vendas.

A componente financeira permanece positiva apesar de ter sofrido um agravamento de 87 311 milhares de escudos. O aumento dos custos financeiros foi previsto e calculado dado ter sido o resultado de uma política de crédito a clientes assumida pela empresa. Para diminuir o tempo médio dos recebimentos e atenuar potenciais riscos do negócio optou -se por uma maior concessáo de descontos de antecipaçáo de pagamento.

Prevê -se que 1998 seja uma ano de alguma contençáo em matéria de investimento por parte do sector público, já que 1997 viveu como já foi referido de uma forte concentraçáo agregada de obras públicas, das quais algumas estáo na fase final. Por outro lado o Estado está a diversificar a sua política de financiamento do investimento passando este para a máo dos privados através de concessóes. Com esta nova modalidade de investimento levará algum tempo para que as empresas se adaptem a esta nova forma de realizar obras. Em contrapartida, deixaremos de estar táo dependentes dos ciclos político -económicos.

Alguns indicadores macroeconómicos deixam, no entanto, antever crescimentos no sector da construçáo entre 4,5 e 5 %, valor razoável considerando que é superior ao crescimento do PIB.

A consolidaçáo do crescimento da J. Soares Correia passará por uma renovada aposta nas condiçóes logísticas e nos recursos humanos integrados numa estratégia de crescimento que passa pela alteraçáo da actual estrutura organizacional e empresarial do Grupo J. Soares Correia.

Assim está em curso um processo de reestruturaçáo em que se procura alinhar as três áreas estratégicas de actividade em que se movimenta o grupo - distribuiçáo de produtos siderúrgicos, comercializaçáo e distribuiçáo de ferramentas e promoçáo imobiliária com o qual se pretende identificar a contribuiçáo de cada um dos negócios para o resultado consolidado do Grupo e facilitar eventuais associaçóes com parceiros estratégicos.

A todos os colaboradores que empenhadamente contribuíram com o seu esforço para os objectivos alcançados renovamos o nosso sincero

Edifícios e outras construçóes ............................................. 89 371

Equipamento básico ............................................................ 35 018

Equipamento de transporte ................................................. 78 355

Outras imobilizaçóes ........................................................... 8 253

Títulos e outras aplicaçóes financeiras ............................... 4 215

7116-(112) agradecimento. Aos nossos clientes que com a sua dedicaçáo continuam a apostar na qualidade do serviço que prestamos, a nossa promessa de que continuaremos a melhorar. Por último uma palavra de muito apreço aos nossos fornecedores.

Tendo em vista um adequado equilíbrio entre a remuneraçáo dos accionistas e o reforço dos capitais próprios da empresa, propomos a atribuiçáo de um dividendo ilíquido por acçáo de 480$ e que aos resultados líquidos apurados no exercício no montante de 499 065 985$ seja dada a seguinte aplicaçáo:

  1. Dividendos - 368 758 560$;

  2. Reservas Livres - 130 307 425$.

    23 de Março de 1998. - O Conselho de Administraçáo: Joaquim Alberto Correia dos Santos, presidente - Isabel Maria Barrosa Soares Correia, vogal - Carlos Manuel Correia da Silva Bártolo, vogal.

    Anexo ao relatório do conselho de administraçáo

    Nos termos e para os efeitos do disposto no n. 1 do artigo 447. do Código das Sociedades Comerciais, informa -se que os movimentos de acçóes e obrigaçóes efectuados pelos membros dos órgáos de administraçáo e fiscalizaçáo, com referência ao exercício de 1997, foram os seguintes:

    Administraçáo:

    Joaquim Alberto Correia dos Santos, presidente:

    Acçóes:

    1 de Janeiro de...

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