Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores n.º 5/2018/A

Data de publicação13 Fevereiro 2018
SeçãoSerie I
ÓrgãoRegião Autónoma dos Açores - Assembleia Legislativa

Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores n.º 5/2018/A

Em defesa dos trabalhadores da Cofaco da ilha do Pico

A «Cofaco» nasceu em 1961, do resultado da fusão de duas grandes conserveiras do Algarve - a «Centeno, Cumbrera & C.ª» e a «Raul Folque & Filhos».

Em 1963 é oficialmente inaugurada a fábrica na ilha do Pico, dando-se início à produção na primeira fábrica «Cofaco» nos Açores.

No ano seguinte (1964), abre a segunda fábrica «Cofaco» nos Açores, desta feita em Ponta Delgada, sendo neste mesmo ano que o registo da marca Bom Petisco - a sua marca mais emblemática - transita para a «Cofaco».

Posteriormente deslocalizada para a Ribeira Grande, a «Cofaco» inaugura em 1994 o polo industrial de Rabo de Peixe, onde ainda hoje concentra grande parte da sua produção.

Atualmente, a «Cofaco» é o maior empregador industrial no arquipélago dos Açores, tendo, por isso, um peso muito importante no PIB da Região.

No que concerne à ilha do Pico, a «Cofaco» foi, desde o início da sua atividade, uma empresa muito acarinhada por toda a sociedade.

Como consequência do reconhecimento pelos serviços prestados à comunidade da ilha do Pico, a Assembleia Municipal da Madalena atribuiu à «Cofaco» a Chave de Honra da Vila da Madalena.

Nessa cerimónia solene, foi proferido pelo Senhor Manuel Serpa, picoense emérito, um discurso tocante, do qual importa destacar, para efeitos de total perceção do que significa a «Cofaco» na ilha do Pico, as seguintes passagens:

«- A Cofaco virou do avesso o setor das pescas na Região Autónoma dos Açores.

- A Cofaco foi uma dádiva caída do céu.

- A Cofaco forçou modificações estruturais no porto da Madalena.

- A Cofaco contribuiu ainda para manter bem viva a ancestral chama do picaroto-marinheiro, intrépido e sagaz, para o despertar das duas indesmentíveis qualidades, sobretudo quando a saga baleeira, com sabor mítico a aventura, se esvaía no tempo, restando a saudade e as histórias contadas em livro por velhos baleeiros entre duas fumaças de tabaco caseiro embrulhado em casca de milho.

- A empresa Cofaco pode orgulhar-se de ter protagonizado o sopro renovador e o arranque esperançoso numa área tão importante para um povo que nasceu e vive em ilhas.

- A Cofaco também abriu as portas desta terra à solidariedade social nunca regateada, sempre distribuída com carinho e espírito de serviço.

- A Cofaco fermentou o ideal de um homem simples, cabouqueiro da vida, cidadão participativo e exemplar, picaroto de gema que se chamou Francisco Alves do...

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