Relatório 11-B/2007, de 17 de Julho de 2007

Relatório n. 11-B/2007

Sede social: Avenida Arriaga, 30, 3.-H, 9000-064 Funchal

Relatório e contas consolidadas de 2006 Relatório de gestáo consolidado

I - Actividades

No presente exercício, a sociedade exerceu a sua actividade social com a gestáo da única participaçáo que detém, no capital social do Banco Madesant - Sociedade Unipessoal. S. A., no âmbito institucional do Centro Internacional de Negócios da Madeira.

Na zona euro os indicadores macroeconómicas apontam a evidência de se encontrar perante um dos melhores momentos económicos da última década. A inflaçáo tem descido abaixo do esperado inicialmente, o que pode permitir prolongar a actual etapa de expansáo económica, sempre que o preço do petróleo náo produza novas tensóes.

20 376-(8)A curto prazo os efeitos mais importantes seriam uma melhoria da capacidade do gasto real individual, assim como uma menor pressáo sob o Banco Central Europeu na actual política monetária, com consequências nos gastos financeiros no investimento empresarial.

A Alemanha continua numa fase de actividade económica dinâmica, com uma produçáo industrial atingindo os máximos dos últimos anos, em consequência de um investimento empresarial importante.

Na França a situaçáo económica é também positiva, com um aumento da confiança do consumidor e do consumo privado.

Em Itália o ritmo económico continua a melhorar, se bem que o problema importante da economia italiana é a diminuiçáo progres-siva da competitividade do país num contexto crescentemente inter-nacionalizado. O rating do país foi reduzido por algumas agências de qualificaçáo de riscos por motivo do elevado endividamento público.

No Reino Unido o crescimento é maior que o previsto, as expectativas de novos aumentos da taxa de juros de referência pelo Banco de Inglaterra, têm contribuído para estas expectativas.

Nos Estados Unidos da América a economia começa a dar sintomas de desaceleraçáo por causa do mercado imobiliário e do sector externo principalmente, ao contrário do consumo e do investimento que se mantêm robustos. Alguns dos últimos dados económicos têm reduzido as expectativas de crescimento e aumentado os temores da inflaçáo. Uma maior intensificaçáo do retrocesso do preço dos imóveis, poderia afectar ao consumo. Por outra parte o défice comercial ao longo do ano atingiu um novo recorde, se bem que o seu crescimento tenha descido se descontarmos os efeitos do petróleo.

No Japáo a economia continua o seu particular ciclo expansivo, suportado principalmente pela procura interna. Se bem que anterior-mente o motor principal da economia foi o consumo privado, o investimento e as exportaçóes têm cada vez maior importância. O Japáo continua a ser uma economia de produtores mais que de consumidores.

Na China a economia diminui em termos relativos o seu crescimento, se bem que continua a crescer numas taxas mais coerentes com os esforços das autoridades monetárias do país e com a relativa debilidade das importaçóes de matérias-primas nos últimos meses do ano. Contudo a economia continua a crescer com força por causa do investimento, das exportaçóes e da indústria. Por sectores, continua o domínio da indústria. O superavit comercial baseia-se na produçáo e nas exportaçóes para a EEUU e a Europa.

Nos mercados de matérias-primas, no últimos meses do ano a cotaçáo do barril de petróleo Brent - um mês - alcançou mínimos anuais, afastados do máximo histórico alcançado em Agosto. As razóes deste movimento foram, entre outros factores, umas expectativas de notável moderaçáo da procura para os próximos anos. A dinâ-mica do resto das matérias-primas foi distinta da evidenciada pelo petróleo, afastadas em grande medida da tendência decrescente deste último. Os metais, por exemplo, acumularam uma forte revalorizaçáo anual.

Numerosas bolsas de valores alcançaram durante o ano níveis de recordes históricos ou pelo menos dos últimos anos. A maioria das bolsas têm-se recuperado dos mínimos alcançados em Maio e Junho, quando algumas estiveram por debaixo do início do exercício, num ambiente de intensificaçáo do risco para o crescimento económico. Um preço do petróleo a descer, e umas taxas de juro estáveis apoiam os benefícios empresariais. Aliás o dinamismo das operaçóes societárias, fusóes e aquisiçóes, também tem ajudado o bom comportamento dos mercados bolsistas.

Quanto aos mercados de activos de rendimento fixo parece existir uma tendência geral de descida dos rendimentos a longo prazo, o que supóe novos riscos de inversáo das curvas de taxa de juro do dólar americano e do euro.

A Reserva Federal americana situou ao fecho de 2006 com a referência de taxa de juro do dólar em 5,25%. Apesar da desaceleraçáo do mercado imobiliário, continua a considerar-se que outros sectores da economia podem pôr em risco a estabilidade dos preços. A diminuiçáo das expectativas de novas subidas de taxas de juro tem enfraquecido o dólar americano, necessário por outro lado para a correcçáo do desequilíbrio exterior.

O Banco Central Europeu situou, durante o mês de Dezembro a taxa de referencia do euro nos 3,50%, a mais alta desde o ano de 2002, existindo uma razoável expectativa de risco de inflaçáo a meio prazo.

A libra esterlina continua também a valorizar-se por causa da previsáo dos mercados de novas subidas de taxas por parte do Banco de Inglaterra. Em relaçáo ao iene japonês, este alcançou mínimos de cotaçáo frente a outras moedas, por causa do diferencial de taxa de juro em oposiçáo à moeda.

Durante o mês de Dezembro a sociedade recebeu dividendos da sua participada, segundo aprovaçáo da assembleia geral do Banco, celebrada em 15 de Dezembro de 2006.

Seguindo a política estabelecida a direcçáo do Banco, controla e acompanha aquelas actividades sujeitas a risco, através dos diferentes comités de, investimentos e operacional, nas reunióes estabelecidas periodicamente. Em cada mercado que se opera, estabelece-se a predisposiçáo ao risco de forma coerente com a estratégia adoptada.

O Banco dispóe de manuais de, risco de crédito, risco de mercado, risco estrutural, risco operacional e risco de compliance, nos quais detalham-se as políticas e práticas de gestáo do risco, os procedimentos e metodologia adoptada, relativos ao controlo e mediçáo do dito risco, o que permite uma gestáo adequada e eficaz do mesmo.

A prevençáo do branqueamento de capitais, nas suas diferentes ramificaçóes e utilizaçóes, têm actualmente e cada dia uma maior importância no controlo do conhecimento dos canais de recepçáo do dinheiro, pelo que o Banco mantém um constante, rigoroso e escrupuloso controlo nesta matéria.

Nesse sentido, é de destacar a existência do manual de prevençáo de branqueamento de capitais, o qual foi criado dentro do quadro das recomendaçóes emitidas, pelo Grupo de Acçáo Financeira Internacional (GAFI) e pelas autoridades nacionais e internacionais, e seguindo as pautas marcadas pelo Grupo nesta área.

O referido manual é revisto e actualizado periodicamente, durante o exercício de 2006 dito manual foi revisto/actualizado em duas ocasióes, com o fim de manter em vigor as normas internas de actuaçáo, e os sistemas de controlo e de comunicaçáo, em sintonia com as normas nacionais e internacionais e as constantes inovaçóes de controlo e segurança do Grupo nesta matéria.

O risco de compliance afecta a todo o pessoal do Banco, contemplando-se como uma parte integral das actividades do negócio. O Banco é consciente da efectividade duma cultura que enfatize standards de honestidade e integridade, tanto no comportamento da administraçáo como da direcçáo do Banco e do resto do pessoal da organizaçáo.

Em consequência, o Banco durante o exercício transacto, estruturou e nomeou o responsável para a funçáo de compliance, de maneira consistente com a própria estratégia e estrutura da gestáo do risco, respeitando em todo momento quer o espírito quer o conteúdo da legislaçáo normativa e regulamentaçáo aplicáveis às actividades desenvolvidas.

Seguindo com a política de prudência que caracteriza ao Banco, durante o exercício transacto constituiu-se uma provisáo para outros riscos e encargos a qual se destina a cobrir riscos náo identificados especificamente.

O justo valor dos produtos de negociaçáo, dos activos objecto de coberturas, bem como os respectivos derivados financeiros de cobertura, de acordo com as normas definidas pelas NIC (IAS - 39), encontram-se reflectidos nas demonstraçóes financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006.

O conselho de administraçáo, como em exercícios anteriores, manifesta, neste relatório, a sua gratidáo pela colaboraçáo eficiente e dedicada de todos os colaboradores do Banco no decurso do presente exercício.

A sociedade náo é devedora de quaisquer contribuiçóes à segurança social ou à administraçáo fiscal.

II - Factos relevantes ocorridos após o encerramento do exercício

Após o encerramento do exercício de 2006, náo ocorreram quaisquer factos relevantes.

III - Evoluçáo previsional da sociedade

Perspectiva-se para 2007 a continuaçáo do exercício da actividade da sociedade, em moldes semelhantes ao acontecido durante o ano de 2006, dentro do quadro do Centro Internacional de Negócios da Madeira, e dentro do regime legal e fiscal aplicável às sociedades licenciadas para operar naquele Centro.

Como é habitual a sociedade e o Banco continuaram dentro do marco da política de prudência e controlo dos elementos do mercado, através dos instrumentos que se têm desenvolvido para o efeito.

IV - Número e valor nominal de quotas próprias adquiridas ou alienadas durante o exercício

A sociedade náo detém quaisquer quotas próprias, náo tendo adquirido ou alienado quaisquer quotas próprias durante o presente exercício.

V - Autorizaçóes concedidas a negócios entre a sociedade e os seus gerentes

Náo foram concedidas quaisquer autorizaçóes a negócios entre a socie-dade e os seus gerentes, nem entre o Banco e os seus administradores.VI - Proposta de aplicaçáo dos resultados

Os resultados líquidos individuais apurados no exercício de...

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