Relatório 1-J/2007, de 26 de Fevereiro de 2007

Relatório n. 1-J/2007

Relatório e contas de 2005

Mensagem do conselho de administraçáo

Tratou-se o exercício de 2005, de um ano que marcará em definitivo esta empresa, obrigando-a a repensar a sua própria missáo, objectivos estratégicos, acçóes e correspondente alocaçáo de recursos humanos, financeiros e técnicos. As razóes que presidiram a esta situaçáo foram, fundamentalmente, as seguintes:

1 - O cenário macroeconómico desfavorável com a obrigatoriedade do cumprimento do Plano de Estabilidade e Crescimento e, consequentemente, por se tratar de uma empresa municipal, ver-se impedida de recorrer a financiamentos externos para fazer face aos seus compromissos;

2 - A falta de fundos estruturais, quer nacionais, quer comunitários; 3 - As transformaçóes ocorridas no Mercado Nacional da Água; 4 - A passagem das infra-estruturas em alta para a responsabilidade da empresa Águas do Mondego, S. A., nomeadamente, a captaçáo da Boavista, estaçóes de tratamento de água e estaçóes de tratamento de águas residuais, etc. Assim, o abastecimento de água e o tratamento de águas residuais ficaram a depender da referida empresa, sendo pré-fixados os preços unitários e as quantidades mínimas de compra para o exercido de 2005 e exercícios vindouros.

Assim, e para fazer face a todos estes condicionalismos, viu-se a AC - Águas de Coimbra, E. M., obrigada a repensar e iniciar políticas essen-ciais à persecuçáo da sua missáo: assegurar, em processo continuo, as necessidades de abastecimento e distribuiçáo de água para consumo humano, em quantidade e qualidade, aos seus clientes, bem como, a drenagem das águas residuais e pluviais, contribuindo para a qualidade de vida das populaçóes, tendo como fim último a satisfaçáo dos seus clientes, dos colaboradores da empresa e do accionista (Câmara Municipal de Coimbra), num quadro de sustentabilidade económica, financeira, técnica, social e ambiental, a um preço socialmente sustentável.

Destas políticas salientam-se a necessidade de readequaçáo e formaçáo dos seus recursos humanos, modernizaçáo dos seus meios técnicos, sensibilizaçáo dos seus clientes e gestáo racional dos seus recursos que, certamente, contribuiráo para o seu bom desempenho futuro.

Por fim, o conselho de administraçáo expressa o seu agradecimento a todas as entidades que colaboraram nas actividades desenvolvidas no exercício de 2005, nomeadamente:

1 - Aos nossos clientes e cidadáos residentes e náo residentes no concelho de Coimbra, pela forma como apoiaram a nossa empresa nesta altura de novos desafios, nomeadamente com o maior investimento de sempre, no concelho de Coimbra, no sector da água e saneamento.

Relatório do conselho de administraçáo

Situaçáo económica e financeira

Balanço

Activo:

Imobilizado:

Ao nível do aumento do activo imobilizado importa salientar a obra de requalificaçáo ambiental da zona norte de Coimbra - 1.ª fase que representou 22% do total do investimento efectuado no ano de 2005, e que no ano de 2006 irá ter ainda um peso relativo superior.

De referir ainda que o grau de execuçáo do plano plurianual de investimentos e amortizaçáo de empréstimos foi de 52% e que destes, 76% foram de obras de saneamento.

Circulante:

As existências em armazém aumentaram ligeiramente. Este facto deveu-se essencialmente à regularizaçáo efectuada pela entrada de materiais sobrantes de obras e de outros materiais existentes noutros locais da empresa.

Em 2006, pretendemos continuar a gerir de forma mais rotativa as existências de modo a diminuir o valor das mesmas em armazém.

Dívidas de terceiros a médio e a longo prazos:

Salienta-se o ajustamento dos saldos devedores de terceiros, considerados de médio e longo prazos pela dificuldade na sua cobrança e no montante de 40 082,07 euros.

Dívidas de terceiros de curto prazo:

Clientes:

As dívidas líquidas de clientes sofreram uma evoluçáo de 9% devido sobretudo ao crescimento da facturaçáo de ramais de saneamento e à prorrogaçáo do seu pagamento (pagamento em prestaçóes). Sobre a dívida em execuçáo fiscal fizemos ajustamentos (anterior conceito de provisóes) dos clientes em mora entre seis e 12 meses.

Estado e outros entes públicos:

Existe um crédito sobre o Estado no valor de 111 173,98 euros referente a IVA a recuperar, saldo credor inerente ao facto de a AC - Águas de Coimbra, E. M., ter iniciado em 1 de Julho de 2005 a compra da água, para posterior venda aos clientes, à Sociedade Águas do Mondego, S. A. Assim, o IVA passível de deduçáo sofreu um aumento considerável.

Depósitos bancários e caixa:

As disponibilidades no final do ano náo sofreram variaçáo significativa em relaçáo ao final do ano anterior.

Capital próprio:

É de referir a criaçáo em 2005 de uma reserva legal de: 55 569,94 euros e uma reserva para investimento de: 316 135,25 euros nos termos do artigo 27. dos Estatutos da empresa por aplicaçáo do resultado líquido de 2004.

Passivo:

Dívidas a terceiros de médio e longo prazos:

Empréstimos bancários:

A AC - Águas de Coimbra, E. M., continuou em 2005 a amortizar o empréstimo bancário de médio e longo prazos contratado com a Caixa Geral de Depósitos.

A 31 de Dezembro de 2005, o valor por amortizar ascendia a apenas 1 269 395,166 do qual transitará para 2007 e anos seguintes (médio e longo prazos) o valor de 1 124 395,16 euros.

Outros credores:

A nível de outros credores é de referir a dívida à Câmara Municipal de Coimbra relativa a infra-estruturas de saneamento básico decorrentes de processos de loteamentos recepcionados em urbanizaçóes e de outras executadas e custeadas pela Câmara Municipal de Coimbra, transferidas do município de Coimbra para o património da AC - Águas de Coimbra, E. M., em 2004. A responsabilidade de pagamento em 2007 e anos seguintes (médio e longo prazos) é de 5 416 259,78 euros.

Em conclusáo, verificamos que as dívidas de médio e longo prazos diminuíram em relaçáo ao ano anterior o que significa que estamos a cumprir os prazos de pagamento estabelecidos nos respectivos contratos.

Dividas a terceiros de curto prazo:

As dívidas a curto prazo (fornecedores correntes, Estado e outros entes públicos, fornecedores de imobilizado e entidades diversas), no seu conjunto registaram um crescimento significativo, resultado directo da facturaçáo de água e da recolha e tratamento de efluentes pela Sociedade Águas do Mondego, S. A., a partir de 1 de Junho do ano de 2005.

A facturaçáo mensal pela citada sociedade em 2005 foi de 698 880,11 euros.

Acréscimos e diferimentos:

A conta de acréscimos e diferimentos em 31 de Dezembro de 2005 registou um ligeiro aumento em relaçáo ao ano de 2004. No entanto, a parcela correspondente aos subsídios para investimento (Quadro Comunitário III) diminuiu.Resultados do exercício

Resultado operacional:

O ano de 2005 foi marcado pela adesáo do município de Coimbra ao Sistema Multimunicipal do Baixo Mondego-Bairrada, facto este que determinou que a AC - Águas de Coimbra, E. M., passasse a suportar os custos inerentes à aquisiçáo de água e à recolha e tratamento dos efluentes a partir de 1 de Junho de 2005. Para atenuar parcialmente este custo a Câmara Municipal de Coimbra atribuiu subsídios de exploraçáo, correspondentes a parte das rendas e de indemnizaçáo por perda de negócio, contrapartidas estabelecidas no citado contrato de adesáo. Estes factores influenciaram a evoluçáo dos resultados operacionais.

Outro factor que exerceu influência sobre os resultados operacionais e que contribuiu para que estes fossem negativos diz respeito ao crescimento das amortizaçóes do exercício, inerente ao crescimento do imobilizado da empresa decorrente da execuçáo do Plano Plurianual de Investimentos de 2005.

Assim, o resultado operacional em 2005 foi de - 1 358 277,02 euros. Em 2004 foi de - 1 208 440,15 euros.

Resultado líquido:

O resultado antes de impostos foi positivo pela contribuiçáo dos proveitos financeiros e extraordinários que proporcionaram resultados positivos da mesma natureza.

Nos proveitos extraordinários assumiram elevado valor os que resultaram de subsídios para investimento. Estes foram calculados através das mesmas taxas de amortizaçáo que foram aplicadas ao imobilizado financiado por esses subsídios.

Os valores positivos dos resultados financeiros e dos resultados extraordinários permitiram um resultado antes de impostos positivo de 954 064,34 euros.

Registou-se entáo um resultado líquido positivo de 746 782,37 euros.

Indicadores financeiros e ratios económicos:

Os quadros a seguir disponibilizam mais alguma informaçáo sobre a situaçáo financeira da AC - Águas de Coimbra, E. M.

Indicadores financeiros:

2005 2004

Liquidez geral ..................................................... 1,35 1,77

Solvabilidade ....................................................... 3,92 3,75

Autonomia financeira ........................................ 0,53 0,52

Grau de cobertura do imobilizado por capitais permanentes ................................................... 0,65 0,67

Indicadores económicos:

(Em percentagem) 2005 2004

Rentabilidade das vendas .................................... 5 4

Rentabilidade dos capitais próprios .................... 2 1

Rentabilidade do activo ...................................... 1 1

Produtividade:

2005 2004

Volume de emprego - número de efectivos ....................................... 349 358

Valor acrescent. bruto (VAB) (euros) 11 187 300 10 668 080 Produtividade do trabalho (euro por pessoa) = VAB por efectivo ........ 32 055 29 799,00

VAB/Custos com pessoal ................. 1,95 1,95

Vendas + prest. de serviços)/custos com pessoal .................................. 2,76 2,66

Dívidas em mora a segurança social

Declara-se que náo existem dívidas em mora à segurança social, dando-se assim cumprimento ao estabelecido no artigo 21. do Decreto-Lei n. 411/91, de 17 de Outubro.

Factos relevantes após o termo do exercício

Durante o presente ano económico de 2006, os factos relevantes a salientar sáo:

1 - Implementaçáo do plano para reduçáo e perdas de água que permitirá, por um lado, a empresa...

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