Relatório 1-AS/2007, de 18 de Abril de 2007

Relatório n. 1-AS/2007

Conservatória do Registo Comercial de Lisboa (4.ª Secçáo). Matrícula n. 66 909; identificaçáo de pessoa colectiva n. 501889086; data da inscriçáo: 22 de Abril de 2004.

Maria de Lurdes Sancha Alves Carreira Mónico, ajudante principal, na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa (4.ª Secçáo):

Certifica que foram depositados na pasta respectiva os documentos referentes à prestaçáo de contas do ano de 2003, cuja publicaçáo se pretende na íntegra.

Conservatória do Registo Comercial de Lisboa (4.ª Secçáo), 11 de Abril de 2005. - A Ajudante Principal (quadro paralelo), Maria de Lurdes Sancha Alves Carreira Mónico.

Fonte. - Bureau of Economic Analysis.

No que respeita à inflaçáo, 2003 foi um ano de combate à deflaçáo nos EUA, através de políticas monetárias agressivas. Apesar deste risco ainda náo ter desaparecido por completo, os últimos indicadores económicos e a subida do preço das matérias-primas diminuiu claramente a sua preponderância.

Inflaçáo nos EUA

Fonte. - Bureau of Labor Statistics.

A economia europeia continuou a apresentar indicadores económicos modestos. No entanto após um crescimento negativo no 2. trimestre, os três meses posteriores apresentaram uma evoluçáo positiva, tendo aquele indicador registado + 0,3%. Tal ficou a dever-se ao efeito do aumento das exportaçóes, que beneficiaram com a melhoria do contexto internacional. O 4. trimestre deverá confirmar esta tendência, estimando-se que o crescimento no final do ano se situe em 0,5%.

Taxa anual de crescimento económico na zona euro

Na Europa, a taxa de inflaçáo apresentou um comportamento benigno, tendo oscilado em torno do limite de 2% fixado pelo BCE, náo apresentando tendências preocupantes em termos de pressóes inflacionistas ou deflacionistas.

Relatório e contas de 2003 Relatório do conselho de administraçáo

Em cumprimento das disposiçóes legais e estatutárias, submetem-se à apreciaçáo de VV. Ex.as, o relatório de gestáo, o balanço e os documentos de prestaçáo de contas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2003.

1 - Enquadramento macroeconómico

A economia mundial apresentou um forte crescimento na segunda metade de 2003, correspondendo assim aos estímulos induzidos pelas políticas expansionistas adoptadas. Por outro lado, parecem existir as condiçóes para um crescimento económico global sincronizado, com as economias norte-americana e asiáticas, nomeadamente a China, a evidenciarem-se, e o Japáo e a Europa a consolidarem a modesta e recente tendência de recuperaçáo das suas economias. O crescimento anual terá atingido os 3,6% contra os 3,1% observados em 2002.

A economia norte-americana foi marcada por um sentimento negativo por parte dos empresários e consumidores. No início do ano, o indicador de confiança empresarial estava a um nível historicamente baixo, contribuindo para os reduzidos valores de investimento e contrataçóes no sector. As políticas expansionistas agressivas adoptadas pelo FED começaram a surtir efeitos no 3. trimestre, período em que a economia cresceu a uma taxa anualizada de 8,2%, após os modestos 2% e 3,1% registados no 1. e 2. trimestres, respectivamente. A taxa anual subiu de 2,8% registado em Dezembro de 2002 para 4,3% no final do ano.

PIB nos EUA

10 146-(32)Inflaçáo na zona euro

Taxa refi do BCE

Fonte. - Eurostat.

2 - Mercados financeiros

2.1 - Mercados cambiais

O euro (EUR) valorizou-se contra o dólar norte-americano (USD), tendo cotado acima de 1,25, contra os 1,07 observados no início do ano. A valorizaçáo do euro levanta questóes relativamente à competitividade dos produtos europeus e respectivo impacto na actividade exportadora; por outro lado, é benéfico para a procura interna, nomeadamente para o consumidor que beneficia devido à quebra dos preços dos produtos importados. O impacto deverá fazer-se sentir nos primeiros meses do corrente ano.

EUR/USD (2003)

2.2 - Mercado monetário

A Reserva Federal Norte-americana (FED) manteve uma política monetária expansionista, situando a taxa de juro de referência no final do ano em 1%, mantendo-se assim cautelosa face aos primeiros sinais de recuperaçáo económica. De salientar que, na óptica do FED, estáo reunidas as condiçóes para o crescimento económico: taxas de juro reais baixas, nível de liquidez do mercado elevado e um mercado de crédito activo.

Fed funds rate

Fonte. - Banco Central Europeu e Bloomberg.

2.3 - Mercados de obrigaçóes

A curva de taxas de juro norte-americana acompanhou a evoluçáo do cenário macro económico. Assim, em Junho, os yields registavam níveis inferiores aos observados no final de 2002, o que espelhava as dúvidas do mercado relativamente aos efeitos das políticas expansionistas. No entanto, e nomeadamente a partir do 3. trimestre, com os primeiros sinais de crescimento económico a surgirem, a reacçáo foi de subida das taxas de médio/longo prazo, tornando a curva de taxas de juro mais inclinada.

A curva de taxas de juro na zona euro apresentou um comportamento semelhante à da sua congénere norte-americana, ou seja uma tendência de inclinaçáo positiva a partir de meados do ano. No entanto, as taxas náo subiram comparativamente ao final de 2002, o que se deve à tímida recuperaçáo da economia europeia ao contrário do que sucede com a economia dos EUA.

Curva de rendimentos na zona euro

Curva de rendimentos nos EUA

Fonte. - Federal Open Market Comunittes.

à semelhança do que aconteceu com o congénere norte-americano, o Banco Central Europeu adoptou uma política monetária expansionista atendendo às fracas condiçóes económicas prevalecentes e à inexistência de pressóes inflacionistas.

2.4 - Mercados accionistas

Após um 1. trimestre bastante difícil, os principais mercados accionistas recuperaram gradualmente, tendo esta tendência sido mais acentuada no último trimestre do ano. Como tal, o ano de 2003 encerrou com ganhos substanciais, pondo fim a um período de três anos de perdas.Este desempenho foi conseguido graças a uma gradual melhoria do sentimento dos investidores, à medida que os indicadores confirmavam uma recuperaçáo sustentada das várias economias, sobretudo a norte-americana. Esta recuperaçáo é o resultado visível de uma política de taxas de juro baixas, seguida tanto pela reserva federal norte--americana como pelo BCE, e também, de uma política fiscal expansionista.

Como tal, empresas que, nos últimos três anos, dedicaram muito do seu esforço a reduzir custos, esperam agora poder obter ganhos subs-tanciais com o incremento de vendas. Este conjunto de factores foi suficiente para ultrapassar qualquer nervosismo resultante de outras notícias potencialmente menos positivas, tais como da valorizaçáo do euro contra o dólar norte-americano, a subida sustentada do preço do petróleo ou os atentados terroristas na Turquia.

Valorizaçáo -

Percentagem

Índice País/zona 2002 2003

Moeda Euro local

Dow Jones ............................................................................ EUA 8 341,63 10 453,92 25,32 4,77

S&P 500 .............................................................................. EUA 879,82 1 111,92 26,38 5,66

Nasdaq .................................................................................. EUA 1 335,51 2 003,37 50,01 25,41

Nikkei 225 ........................................................................... Japáo 8 578,95 10 676,64 24,45 14,92

FTSE 100 ............................................................................. Reino Unido 3 940,4 4 476,9 13,62 5,18

SMI ....................................................................................... Suíça 4 630,80 5 487,80 18,51 10,22

DAX ..................................................................................... Alemanha 2 892,63 3 965,16 37,08 37,08

CAC 40 ................................................................................ França 3 063,91 3 557,90 16,12 16,12

AEX ..................................................................................... Holanda 322,73 337,65 4,62 4,62

MIB 30 ................................................................................. Itália 23,886 26,715 11,84 11,84

IBEX 35 ............................................................................... Espanha 6 036,90 7 737,20 28,17 28,17

HEX 25 ................................................................................ Finlândia 1 293,16 1 530,98 18,39 18,39

BEL 20 ................................................................................. Bélgica 2 025,04 2 244,18 10,82 10,82

ISEQ ..................................................................................... Irlanda 3 995,03 4 920,73 23,17 23,17

PSI 20 .................................................................................. Portugal 5 824,70 6 747,41 15,84 15,84

DJ euro Stoxx 50 ................................................................. Euro-11 2 386,41 2 760,66 15,68 15,68

3 - Actividade da MG Patrimónios em 2003

3.1 - Valor de activos geridos

No final de 2003 a MG Patrimónios geria um volume total de activos de 956,8 milhóes de euros, correspondendo este valor a um crescimento de 12,3% em relaçáo ao ano anterior.

Em termos de posiçáo relativa, e de acordo com estatísticas publicadas pela CMVM (Comissáo do Mercado de Valores Mobiliários), o valor dos activos geridos pela MG Patrimónios representa 5,1% do total do mercado (considerando um total de 23 sociedades gestoras de patrimónios a operar em Portugal).

O valor total de activos geridos, de acordo com as mesmas estatísticas, foi, em 31 de Dezembro de 2003, de 18 836,1 milhóes de euros, que compara com 14 478,3 milhóes de euros no final de 2002, correspondendo a um crescimento de 30,1%.

A actividade da sociedade em 2003, centrou-se essencialmente na clientela institucional, aliás, como tem sucedido nos anos anteriores.

3.2 - Meios

Ao longo do ano de 2003 existiu a preocupaçáo de dotar a estrutura da sociedade com os meios humanos, técnicos e informáticos adequados, de modo a permitir a prossecuçáo dos objectivos definidos e a satisfaçáo das necessidades dos nossos clientes.

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