Decreto-Lei n.º 4/2009, de 05 de Janeiro de 2009

Decreto-Lei n. 4/2009

de 5 de Janeiro

O Decreto -Lei n. 154/2005, de 6 de Setembro, actualiza o regime fitossanitário que cria e define as medidas de

protecçáo fitossanitária destinadas a evitar a introduçáo e dispersáo no território nacional e comunitário, incluindo nas zonas protegidas, de organismos prejudiciais aos vegetais e produtos vegetais qualquer que seja a sua origem ou proveniência.

O citado decreto -lei consagra, entre outras, a transposiçáo para a ordem jurídica interna da Directiva n. 2000/29/ CE, do Conselho, de 8 de Maio, relativa às medidas de protecçáo fitossanitária destinadas a evitar a introduçáo e dispersáo de organismos prejudiciais aos vegetais e produtos vegetais na Comunidade e respectivas alteraçóes.

Foi entretanto aprovada a Directiva n. 2008/64/CE, da Comissáo, de 27 de Junho, que altera os anexos I a IV da referida Directiva n. 2000/29/CE, do Conselho, de 8 de Maio.

As alteraçóes introduzidas pela Directiva n. 2008/64/ CE, da Comissáo, de 27 de Junho, surgem na sequência das informaçóes fornecidas à Comissáo Europeia por diversos Estados membros, no que diz respeito à avaliaçáo do risco apresentado por alguns organismos prejudiciais, bem como do resultado de certos programas de prospecçáo levados a efeito nas zonas protegidas, pelo que, em consequência, importa proceder à sua transposiçáo introduzindo alteraçóes aos anexos I, II, III e IV do Decreto -Lei n. 154/2005, de 6 de Setembro.

Foi, também, aprovado o Regulamento (CE) n. 690/2008, da Comissáo, de 4 de Julho, que reconhece zonas protegidas na Comunidade expostas a riscos fitossanitários específicos. Este regulamento vem substituir, consolidando e revogando a Directiva n. 2001/32/CE, da Comissáo, de 8 de Maio, e suas alteraçóes, que reconhece zonas protegidas na Comunidade expostas a riscos fitossanitários específicos, deter-minando que o reconhecimento e alteraçáo destas zonas protegidas se passa a efectuar por regulamento de forma a garantir que este regime específico goza de uma aplicaçáo atempada e simultânea pelos Estados membros.

Tendo em consideraçáo que a Directiva n. 2001/32/CE, da Comissáo, de 8 de Maio, e suas alteraçóes, se encontra transposta para o direito nacional pelo Decreto -Lei n. 154/2005, de 6 de Setembro, importa, igualmente, proceder a algumas alteraçóes a este decreto -lei, nomeadamente à revogaçáo do seu anexo VI, adaptando -o, em conformidade, ao disposto no Regulamento (CE) n. 690/2008, da Comissáo, de 4 de Julho.

Foi promovida a consulta ao Conselho Nacional do Consumo. Pronunciaram -se, a título facultativo, a Uniáo Geral de Consumidores e a FENACOOP.

Foram ouvidos os órgáos de governo próprio das Regióes Autónomas.

Assim:

Nos termos da alínea a) do n. 1 do artigo 198. da Constituiçáo, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.

Objecto

1 - O presente decreto -lei transpóe para a ordem jurídica interna a Directiva n. 2008/64/CE, da Comissáo, de 27 de Junho, que altera os anexos I a IV da Directiva n. 2000/29/CE, do Conselho, de 8 de Maio, relativa às medidas de protecçáo contra a introduçáo na Comunidade de organismos prejudiciais aos vegetais e produtos vegetais e contra a sua propagaçáo no interior da Comunidade.

2 - O presente decreto -lei procede, igualmente, à adaptaçáo da legislaçáo nacional ao disposto no Regulamento (CE) n. 690/2008, da Comissáo, de 4 de Julho, que reconhece zonas protegidas na Comunidade expostas a riscos fitossanitários específicos.

Artigo 2.

Alteraçáo ao Decreto -Lei n. 154/2005, de 6 de Setembro

O artigo 8. do Decreto -Lei n. 154/2005, de 6 de Setembro, na redacçáo que lhe foi dada pelos Decretos -Leis n.os 193/2006, de 26 de Setembro, e 16/2008, de 24 de Janeiro, passam a ter a seguinte redacçáo:

Artigo 8. [...]

1 - As zonas da Comunidade reconhecidas como zonas protegidas em relaçáo aos organismos prejudiciais indicados para cada uma delas sáo as constantes do anexo I do Regulamento (CE) n. 690/2008, da Comissáo, de 4 de Julho, que reconhece zonas protegidas na Comunidade expostas a riscos fitossanitários específicos.

2 - No âmbito do reconhecimento das zonas protegidas situadas no País, sáo efectuados, a nível oficial, programas de prospecçáo destinados a confirmar que o ou os organismos prejudiciais constantes do anexo I do Regulamento (CE) n. 690/2008, da Comissáo, de 4 de Julho, e com elas relacionados, náo sáo endémicos nem se encontram aí estabelecidos.

Artigo 3.

Alteraçáo aos anexos do Decreto -Lei n. 154/2005, de 6 de Setembro

Os anexos I, II, III e IV do Decreto -Lei n. 154/2005, de 6 de Setembro, na redacçáo que lhe foi dada pelos Decretos-Leis n.os 193/2006, de 26 de Setembro, e 16/2008, de 24 de Janeiro, passam a ter a redacçáo constante do anexo ao presente decreto -lei, que dele faz parte integrante.

Artigo 4.

Norma remissiva

Todas as referências à Directiva n. 2001/32/CE, da Comissáo, de 8 de Maio, e suas alteraçóes, constantes do Decreto -Lei n. 154/2005, de 6 de Setembro, na redacçáo que lhe foi dada pelos Decretos -Leis n.os 193/2006, de 26 de Setembro, e 16/2008, de 24 de Janeiro, consideram -se feitas para o Regulamento (CE) n. 690/2008, da Comissáo, de 4 de Julho.

Artigo 5.

Norma revogatória

É revogado o anexo VI do Decreto -Lei n. 154/2005, de 6 de Setembro, na redacçáo que lhe foi dada pelos Decretos-Leis n.os 193/2006, de 26 de Setembro, e 16/2008, de 24 de Janeiro.

Artigo 6.

Entrada em vigor

O presente decreto -lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicaçáo.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 7 de Novembro de 2008. - José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa - Luís Filipe Marques Amado - Gonçalo André

Castilho dos Santos - José Manuel Vieira Conde Rodrigues - Francisco Carlos da Graça Nunes Correia - Manuel António Gomes de Almeida de Pinho - Jaime de Jesus Lopes Silva - Ana Maria Teodoro Jorge.

Promulgado em 19 de Dezembro de 2008.

Publique-se.

O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

Referendado em 22 de Dezembro de 2008.

O Primeiro -Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

ANEXO

(a que se refere o artigo 3.)

ANEXO I

Parte A

[...]

Secçáo I

[...]

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Secçáo II

[...]

a) [...]

1 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 - (Revogado.)

4 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

5 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

6 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

6.1 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

6.2 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

7 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

8 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

8.1 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

9 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

b) [...]

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

c) [...]

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

d) [...]

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Parte B

[...]

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

114 ANEXO II

Parte A

[...]

Secçáo I

[...]

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Secçáo II

[...]

Espécies Vegetais e produtos vegetais a) [...]

1 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

4 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

5 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

6 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

6.1 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

6.2 - Helicoverpa armigera (Hübner) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vegetais de Dendranthema (DC.) Des. Moul., Dianthus, L., Pelargonium l'Hérit e da família Solanaceae, destinados à plantaçáo, excepto sementes.

7 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

8 - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

9 -...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT